Dize-me qual o sentido
deste eterno diálogo?
Contemplo as coisas
e invento os motivos.
O mais triste é o tempo
que passa desperdiçado.
Dize-me qual o sentido
da conversa inconsequente?
Debruço-me à procura de mim.
É melancólico o tempo
que deixo correr.
É melancólico o poema
que sai da alma.
Belo seria a natureza
se soubesses desfrutar
e juntos veríamos o sol nascer.
Ah, as horas!
A vida é apenas o reflexo
do que somos.
As cigarras cantam lá fora.
Eu só queria
compor uma canção
que falasse de orvalho.
E que alguém me arrancasse
a tristeza dos olhos.
Mais nada.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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2 comentários:
Ontem eu estava lendo um poema de Horácio (65 -8 AC)>>>
"Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que se cruza no seu caminho
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo
reescale as suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós. Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã".
Beijos.
Depois do amigo Guará filosofar e citar Horário, vou baixar guarda e comentar apenas que a triteza brota em pequenas janelas que compõem a vida. Para o nosso bem, são tão poucas, que nem se destacam no prédio da existência. No entanto, infelizmente, vem o outono, quando a derradeira janela da tristeza se fecha. Mas por virtude da existência, o que todos os olhos não veem, ocorre por trás da janela. Existe uma festa da qual você não participa da elaboração da lista de convidados. Contudo, todos que lá estarão são seus amigos. Geraldo Ferreira(2009 - DC)
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