segunda-feira, 18 de maio de 2009

Corça Ferida

Quando nada mais existir,
senão o rastro das estrelas,
e do porvir eu nada esperar,
quem sabe um anjo alado
possa contar-me segredos
das nebulosas e galáxias.
E no momento cintilante
e estelar em que me encontro,
possa eu te rever
com outro semblante,
em outra dimensão, talvez.
Possa eu sonhar fantasias e
devaneios azuis lunares.
Mas nem os anjos,
nem as estrelas celestes,
nem o calor do sol
podem me dar
a esperança perdida.
Das constelações
avisto os prados
onde fui feliz um dia.
Mas não há mais
planícies verdejantes.
Vejo apenas do alto
uma corça ferida
pela flecha pontiaguda
de um caçador sem alma.

Um comentário:

R.L. disse...

Nào pude ir no lancamento do seu livro...tive aula ate tarde..uma pena..avise-me de mais encontros literarios
abracos1