quarta-feira, 22 de julho de 2009

Canção Discreta

A canção que te dava ontem,
o tempo desfez com lágrimas.
O poema discreto que teci
no silêncio de mim
é flor na memória do tempo.
Talvez a canção esteja no vento
ou sofra de amargura seus mistérios.
Morreu em mim a canção que fiz
no imprudente desejo
que as palavras não sabem.
E eu fujo depressa de ti,
procuro um riso de criança,
procuro sonhos não partidos.
Estrelas que fulgem no espaço,
brinco com elas de pisca-pisca.
E por fugir do teu amor
de incertezas e de agonias,
quem sabe agora serei feliz.

Um comentário:

Geraldo Ferreira disse...

Teu poema retrata bem a eterna brecha que existe entre o amor e o desamor. A força irracional de sentir medo de amar, estando próximo, ou querer distância, para amar sem culpas.
Foste brilhante ao retratar a dor do amor e a retratação de amar à distância.
Parabéns! A poesia mostra em metáforas o que a realidade não nos permite viver.