Quero ouvir o som do rio
passando embaixo da ponte
à beira dos casebres
tão desiguais.
Quero escutar
o sonho dos meninos
arremessados
ao abandono do mundo.
Quero ouvir
o ruído melancólico
dos risos postiços.
E escutar os
lamentos do vento,
cantando seus desafios.
Enfim, quero fechar os olhos.
Voltar mais tarde,
quem sabe,
e saber melhor da vida.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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2 comentários:
Um passeio consciente pelo descaso da sociedade com os menos favorecidos. Poesia engajada com o social. O trabalho da arte, servindo como alerta dos descaminhos da humanidade. É o grito de angústia, pedindo a Jesus para não apagar a luz. Voltar mais tarde pode ser muito tarde. Doa um pouco. Pode ser muito para quem não tem nada. Belo recado, poeta!
Feliz Aniversário, Alice!
Bjs.
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