Pressentes o naufrágio
e iças as velas.
E o vento sibila
seus medos.
Um navio se afasta.
E sentes a sordidez
de um mundo
desencantado.
Exaurido,
mudas a rota
do destino.
Subitamente algo
quebra-se.
Imóvel,
sentes o clamor
do mar.
E nas vozes do mar
procuras os deuses.
Sozinho revisitas
tua vida
num instante.
Lembranças vestidas
de infância e fantasia.
Já é noite
e a sombra se avizinha.
A lua difusa mostra
teus cabelos de pena.
As algas enchem o ar
de odores.
E buscas corais
no escuro das águas.
Mas acordas e a aurora
enche de poesia
as paredes do teu quarto.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Lindo.. gostei.. tenho uma poesia no blog também chamada paredes..
Beijos
Feliciadades e um Natal cheio de boas conquistas.
Bjs.
_____
JORNAL AFOGANDO O GANSO
http://afogandooganso.blogspot.com
RIO ENTERTAINMENT
http://jafogandooganso.wordpress.com
Sempre revisitamos o passado quando o futuro fica nas mãos de muitos. Incontrolável. Mas você, Alice, sabe desenhar a vida com poesia. E divide com seus leitores este dom. Muito obrigado!
Postar um comentário