Desço ao abismo de mim
quando teu sexo
verte a vida
nas minhas entranhas.
Volto da viagem abissal
porque tuas mãos vigorosas
me arrancam do âmago da terra.
Misturo nossos fluidos
e neste momento difuso,
impreciso
e solitário, todas as criaturas estão em mim.
Sinto-me morrer um pouco,
seduzida e flagelada pelo
infinito prazer que me dás.
Mas este prazer agora
não é mais teu nem meu.
Não nos pertence.
É um prazer abundante
como a água dos mares.
E fecundo como a terra.
É um prazer que me embriaga
como se fosse uma bacante.
É um prazer embriagante
como a morte.
É como um deleite,
tão deslumbrante
como a própria vida.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
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