Invento sonhos
para sobreviver.
Mas o silêncio de gerações
que carrego no peito
é fardo nos meus ombros.
Desafio a vida,
como se pudesse.
Espero o futuro
de perdas e dores
como é o porvir.
Sonho sem esperanças.
Sonho acordada.
Jogo fora as lembranças.
Não posso viver
do que já foi vivido
e acabado.
A dor está nos meus poros.
A cada esquina,
insisto na dor ancestral.
2 comentários:
A poeta carrega a nostalgia do passado, com brilhantismo para a poesia. A dicotomia entre experiências vividas e a incerteza do que o futuro lhe reserva, a inquieta. O intelectual carrega com maior peso a existência do ser.
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