Busco as solidões
que o tempo não aplacou,
os sofrimentos vãos.
Intolerável a minha dor,
tão rígida como uma pedra.
Feita do menor granizo
ou construída nas rochas?
As ressacas das ondas
são minhas lágrimas
que me atiram para trás.
À deriva me encontro.
E sacudida e trêmula
como folha ao vento,
sou tormenta e clamor.
Clamor de tempestade
em mortalha branca.
Meus braços magros
desaparecem e se estendem
num abraço de morte.
Meu corpo rodopia
e cava abismos profundos.
E mergulha furioso,
ferido de morte.
Sou febre,
sou frio,
sou sede.
Mas face a face
com teus olhos glaciais,
posso dizer que me perdi.
E a abundância de delícias
que vivi outrora
é quimera vã
na imensidão de sentidos.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
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