A pedra pontiaguda
da nascente do rio da vida
riscou o cristal do copo
que te servia
todas as manhãs.
Trincou minha alegria,
provocou soluços e dores,
me devastou a alma.
Mas o que tens a me dizer?
Diga-me!
Tuas palavras
não são mais críveis.
Tropeças nelas
como menino mentiroso.
Uma sombra
me torna insone
e por demais cansada.
Sou prisioneira de um gesto
que não compreendo.
Te vejo apartado
dos sonhos que criamos.
É como se te visse hoje
pela primeira vez.
É como se visse
tua alma desnuda
e sem máscara.
Não vês o vazio
do que dizes?
A crença inabalável
que depositava em ti
mistura-se ao lodo.
Fui tão cega
e não tenho mais
as mil razões para viver,
acreditando na grandeza
do teu amor.
Ah, como lastimo
tua inconseqüência
com tudo que construímos.
Estou por demais ferida
e desalentada.
Teus olhos de perfídia
gelam a ternura que te dava.
Estou confusa, triste
sofrida e magoada.
Nem sei se o tempo
será capaz e sábio
para recompor
aquilo que fomos.
Diga-me o que houve!
Talvez prefiras,
por covardia,
que o tempo seja
teu próprio algoz.
Porém, confesso
não saber mais nada.
Tampouco de ti.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
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Um comentário:
Alice
vim do blog da Marcia monteiro
e navegando achei o seu...
adorei seu jeito de escrever , acho que o meu se assemelha de certa forma
acho que vou acompanhar..
gostei!
um Beijo!
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