Na profundeza do teu ser
em desencanto,
queres respirar
e algo te oprime.
O mar te suga.
Os elos te prendem.
Não podes desfrutar
o néctar do amor.
Refém dos desejos,
vives na plenitude
das lembranças soturnas.
Buscas agora
outros sonhos e venturas
para acreditares na vida.
Inventas histórias
que já não são tuas,
sequer têm final.
Saboreias tua dor,
como um prato delicado,
mas tua carne é triste.
Tua vida escorre,
lentamente.
Tuas pernas se agitam
sem rumo a tomar.
Tuas mãos ansiosas
escrevem por metáforas,
ironias e rimas rasas.
Tua fala nervosa
diz coisas sem sentido.
E beijas, entre gritos,
a memória do que foste.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
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