A Adalcyr de Morisson Monteiro,
meu pai amado, in memoriam
Pensamentos silentes
povoam minhas memórias
e soltam o verbo preso.
E o carinho,
que nos devotamos,
é somente vento
em espirais de prata.
Me refugio nas sombras
das lembranças guardadas.
Me aconchego nos sonhos
de uma vida inteira.
Tua vida longa
aos meus olhos
foi tão breve.
Uma doce saudade
me invade o ser.
O silêncio da noite
é tão intenso
que me aquieto
à espera de ouvir
tua voz repousante.
Não quero te acordar.
Dorme, dorme,
meu paizinho.
Pássaros celestiais
vieram te buscar.
E serafins alados
já embalam teu sono.
Agora tens, enfim,
a paz da eternidade.
segunda-feira, 23 de março de 2009
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4 comentários:
Bela homenagem ao meu avô. Saudades dele!!! Beijos
Tua poesia me fez recordar o meu saudoso amigo.Meu pai. Ainda consigo vê-lo no quintal, dimensionando o que poderia ser a obra de nossa casa pronta. Um sonho seu de uma vida inteira. Seu pai que eu tive a oportunidade de conhecer, parecia um tanto com o meu. Eram moradas acabadas. Agora devem estar ao lado do Pai Celestial, felizes com as nossas lutas. Seus versos me trouxeram a paz do pai, que me traz uma profunda paz. Saudade imensa!
Alice,
Quanta saudade!
Tuas palavras me trouxeram de volta tantos momentos felizes, tantos dias regados a risos soltos, brincadeiras, almoços em família; uma família que fiz minha e um pai que preencheu com seus conselhos, carinho e até colo, a ausência do meu, imposta pela Vida
Hoje, estou sem os dois ao meu lado e "Espirais de Prata" bateu forte em meu coração, trazendo à tona lágrimas de Amor.
Lágrimas de amor e de saudade sim, mas com muita tranquilidade e paz, pela certeza de que, ambos, cumpriram ,com louvor, suas missões.
Aguardo "novos presentes"
Laís
Alice,
Fiz um comentário sobre Espirais de Prata que, não sei porque, saiu como Anônimo. Mas, tenho certeza que você logo me identificou...
Até porque, ao final, eu assino.
"Coisas de Gutia Maria". Não se explica.
Beijos,
Laís
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