Na poesia vou,
dou corda e linha ao imaginário.
Na poesia, viajo
nas asas dos meus sentidos.
Na poesia, busco
teu ser idealizado.
Tua presença distante
é tão palpável
como o ar que respiro.
E a vida nunca me pareceu tão bela
já que me sinto viva,
novamente.
Tua simples existência ocupa
o ar de sonhos e desejos
que o vento desconhece.
As estações do ano se enchem
de novos tons porque existes.
E é tão belo sentir
o que vem de dentro de mim
desta forma inesperada,
sutil e genuína.
Através da poesia,
toco teu corpo e tua alma.
E teu corpo
das ilusões que compus
nunca me pareceu
tão perfeito como agora
que tua presença
é apenas tecida dos meus sonhos.
Por não saberes de mim,
seduzo-te, docemente.
E volito serena nas asas da poesia.
Por desconheceres as minhas emoções,
filosofo sem pudores sobre o amor.
E também o amor
nunca me pareceu tão belo,
eternizado neste instante
de vida, magia
e encantamento.
terça-feira, 3 de março de 2009
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3 comentários:
Alice,
VOCÊ É "A POESIA", à flor da pele.
continue nos presenteando...
Bjs,
Laís
A sua poesia bem podia ter o título no "Âmago da Poesia". A Alice Monteiro desnuda a alma do ser amado e até faz voar o imaginário. Ninguém consegue desvendar o outro completamente. Mesmo quando fala ou escreve, pode-se estar repetindo Fernando Pessoa no seu o "Poeta é um fingidor, finge tão completamente, que as vezes chega a sentir a dor que deveras sente". Na sua poesia alada Alice mostra esta dicotomia da personalidade humana. É o "Prazer do Texto" de Roland Barthes.
Geraldo Ferreira
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