terça-feira, 10 de março de 2009

Fragmentos de Mim

No horizonte infindo,
arrasto-me à procura
de motivos para sorrir.
Mas é tempo perdido
e estou de mãos vazias.
E o que é um poeta de mãos vazias?
Atravesso ruas,
desbravo vielas,
numa velocidade urbana
que me supera.
Quase cega,
corro em ziguezague,
buscando o medo.
Quero te provar algo
fora dos limites.
Meu corpo sente calafrios,
mas desconheces.
Algo sufoca meu peito.
Busco a aventura
e a coragem.
Busco a ousadia
da conquista.
Mas no fundo mesmo,
quisera eu ser
tua obra-prima.
Quisera ser
a alma gentil,
sem infâmia,
sem enganos,
assim quase perfeita.
E, por favor,
não me julgues mal
se vejo perfídia em alguém.
E se em cada beijo teu
o universo insondável
mostra seus desejos.

2 comentários:

Unknown disse...

Tenso esse poema. Gostei!

Alice Monteiro disse...

Marcinha,
Você, com sua sensibilidade de artista, intuiu muito bem. Estava sob forte tensão quando criei esta poesia. Mas tudo passa...
Beijos, Dinda